segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

SINOPSE - FÓRUM DE ARTES NEGRAS E PERIFÉRICAS


No início de 2015, diversos coletivos da cidade de São Paulo se reúnem para criar o Fórum de Artes Negras e Periféricas com o propósito de fortalecer e articular a rede de artistas da periferia e discutir políticas públicas para as artes negras. A primeira ação oficial do Fórum é a Carta Aberta assinada por mais de 60 artistas, grupos e organizações reivindicando a Democratização e Popularização do Programa de Fomento a Dança da Cidade de São Paulo. A mobilização do Fórum ganhou repercursão nacional, tendo a carta lida em reunião setorial de Dança em Brasília na presença do Ministro da Cultura Juca Ferreira, o qual destacou publicamente a importância dessa reivnidicação em diversos meios de comunicação difundidos pelo governo federal. O movimento ganhou força articulando uma importante Audiência Pública na Câmara Municipal de São Paulo mediada pelo Vereador Toninho Vespoli para discutir a Ampliação da Lei de Fomento a Dança na cidade, que contou com a presença de Salloma Salomão, Fernando Ferraz, Maria Isabel (representante da Secretaria Municipal de Cultura) e João Nascimento.

A ação do Fórum de Artes Negras vem despertando diversas reflexões sobre poéticas, vocabulários, estéticas e temáticas negras no Brasil, desencadeando o surgimento de outros Fóruns de Dança na cidade de São Paulo, bem como, a promoção de outras mesas, encontros e palestras para discutir a dança contemporânea, políticas públicas culturais e a Lei de Fomento da Dança da Cidade de São Paulo.

Embora o Fórum tenha surgido oficialmente no início de 2015, o tema já vem sendo discutido há pelo menos 3 anos antes por alguns grupos de dança da cidade. Em parceria com outros artistas paulistanos, em novembro de 2013, a Cia Treme Terra promoveu no Ponto de Cultura Afrobase uma mesa de debate sobre “Arte Negra Contemporânea” que contou com a presença de Clyde Morgan, Firmino Pitanga, Salloma Salomão, Paulo Dias, Gal Martins e João Nascimento, integrando a programação do evento Quebrada Cultural da Zona Oeste. Em 2014, a Cia promoveu outro encontro para debater a “Dança Negra Contemporânea e Pulíticas Públicas” que aconteceu na Sala Paissandú e contou com a presença de Edileusa Santos, Carmen Luz, Fernando Ferraz, Tata Nzinga e Firmino Pitanga.

Embora neste momento o Fórum esteja empenhado veemente na discussão de ampliação da Lei de Fomento a Dança na Cidade de São Paulo, vale ressaltar, que o Fórum é uma ferramenta criada para discutir assuntos das mais diversas vertentes e linguagens das artes, não restringindo-se apenas ao setor da dança, compreendendo a complexidade e pluralidade de artistas, grupos, coletivos, companhias e instituições que participam das reuniões do Fórum de Artes Negras e Periféricas.

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